A ação da Polícia Federal, de acordo com o delegado, serviu para desarticular um esquema de tráfico de drogas interestadual que aliciava as mulas para transportarem drogas para outros estados do Brasil, em especial, para São Paulo
A Polícia Federal apresentou na manhã desta terça-feira (16) o resultado da Operação Narco Grooming, deflagrada na manhã de hoje nas cidades de Manaus, Tabatinga e Sorocaba (SP).
De acordo com o delegado Domingos Sávio, a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão preventiva, oito medidas cautelares, 18 mandados de busca e apreensão e o sequestro de 44 veículos, muitos de luxo.
O delegado informou que durante a ação foram apreendidas drogas, joias, uma barra de ouro pesando 409 gramas e outras prisões em flagrante. “As investigações vão continuar com a análise de todo material que foi apreendido para chegar a outros envolvidos”, disse Domingos Sávio.

Conforme o delegado, as investigações iniciaram em 2023 com a prisão em flagrante de uma ‘mula’ no aeroporto internacional Eduardo Braga, com uma mala contendo droga. Esta foi identificada por um cão farejador.
A ação da Polícia Federal, de acordo com o delegado, serviu para desarticular um esquema de tráfico de drogas interestadual que aliciava as mulas para transportarem drogas para outros estados do Brasil, em especial, para São Paulo. Além de um núcleo que financiava a prática criminosa.
Durante as investigações foi descoberto que três do núcleo dos financiadores, desde o ano de 2022, o trip movimentou cerca de R$ 10 milhões, cada um, fruto da lavagem de dinheiro.
Para eles, era oferecido dinheiro, além de passagem aérea para outras regiões onde a droga seria traficada. O perfil dos captados era, em sua grande maioria, de baixa renda e com idade entre 20 e 30 anos.
Durante as investigações, foi identificado o indivíduo que recepcionava a droga e a “mula” do tráfico, bem como a prisão em flagrante de um suspeito com mais de 10 kg de drogas, no Aeroporto Internacional de Manaus.
Também foi possível identificar os responsáveis por lavar o dinheiro do grupo criminoso, que usavam pessoas interpostas, conhecidas como “laranjas”, empresas de fachada, dentre outras técnicas para lavagem de capitais, como, por exemplo, a compra e venda de veículos.

Conforme a Polícia Federal, a operação visa obter provas da prática dos crimes investigados, aprofundar a investigação sobre a procedência e a destinação da droga, além de identificar outras pessoas envolvidas no esquema. Os integrantes da quadrilha vão responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. As penas para os crimes podem ultrapassar 30 anos de prisão.