Um major aposentado da Polícia Militar de Alagoas, identificado como Pedro Silva, foi morto em confronto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no final da tarde de sábado (7/6), após invadir uma residência no bairro do Prado, fazer cinco reféns e assassinar duas pessoas: seu próprio filho, de 10 anos, e o ex-cunhado, o sargento Galvão, também PM.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL), o major havia fugido da Academia Militar, onde cumpria prisão preventiva por violência doméstica. Ainda não se sabe como ele conseguiu escapar. Por volta das 17h, ele invadiu a casa de um familiar, iniciando uma crise que terminou em tragédia.
Além das duas vítimas fatais, outras três pessoas estavam no local – duas mulheres e uma criança de dois anos –, todas resgatadas com vida e encaminhadas a um hospital. O estado de saúde delas não foi divulgado.
Cena de “carnificina” e ação policial
O secretário de Segurança Pública, coronel Patrick Madeiro, descreveu a cena como “extremamente horrível”. “Foi praticamente uma carnificina, onde um elemento em surto psicótico, de forma completamente destemperada, tornou refém sua própria família. É o pior cenário em ocorrência policial”, afirmou.
De acordo com a SSP-AL, o menino de 10 anos apresentava sinais de mutilação e cortes profundos pelo corpo. A causa exata das mortes ainda será apurada pela perícia.
Equipes do Bope cercaram a casa e tentaram negociar com o major, mas, diante da recusa em se render e do aumento da violência, os agentes entraram em ação e o mataram. Detalhes da operação não foram divulgados.
O local foi isolado para investigação, e testemunhas já prestam depoimento. O caso chocou Alagoas e deve reacender debates sobre violência doméstica, saúde mental e falhas no sistema prisional.