“Que apodreçam na prisão”, afirmam familiares de professor de jiu-jitsu após prisões de suspeitos

Polícia

Viúva e a irmã de James Nascimento Mota acompanharam as prisões dos quatro envolvidos na morte do professor, vítima de uma trama montada pelo próprio ‘amigo’

Aos risos. Foi assim que o “amigo” e mandante do assassinato do professor de jiu-jitsu James Nascimento Mota, 49, Fabrício dos Santos Gonçalves, 42, e os comparsas Antônio Ricardo Gomes de Sá, 36, Carlos Inácio Ferreira de Souza, 35, e Kauã Iago Santos das Neves (autor dos disparos), foram levados para a audiência de custódia, após suas prisões durante a Operação Iscariotes.

Durante coletiva de imprensa na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a delegada adjunta Marília Campello, esclareceu que o crime foi motivado porque Fabrício não queria devolver a quantia de R$ 300 mil para o sócio, que havia entregue a quantia para ele investir em ouro.

“O Fabrício prometeu para James uma margem de lucro de R$ 5 mil diária, coisa que não tinha como ele manter essa ‘promessa’, por isso, ele decidiu armar essa trama para matar James e não ter que devolver o dinheiro do sócio”, acrescentou.

É neste momento que Fabrício, segundo as investigações da Polícia Civil, entra em contato com o segundo preso: o Carlos Inácio, que age no crime como o intermediador entre Fabrício e Antônio Ricardo, responsável pela moto, e o executor do crime, Kauã Iago.”Carlos Inácio, que era aluno da vítima, pagou mil reais no pix para o Kauã cometer o crime, inclusive o Fabrício, levou o executor no próprio carro para mostrar o horário que James chegava na academia de artes marciais no bairro São Raimundo e enviou fotos, para não ter erro. O Antônio ficou responsável por conseguir a motocicleta utilizada por Kauã no dia do crime”, esclareceu as participações dos presos.

“Apodreça na prisão”

A Viúva, Laís Cavalcante, e a irmã da vítima, Sheila Mota, acompanharam toda a movimentação policial e bastante emocionadas, enfatizaram que o sentimento ao ver os envolvidos no homicídio de James é que a Justiça está sendo feita.”É um sentimento de alívio, mas não vai trazer ele de volta. O James ajudou eles (Fabrício e Carlos) quando mais precisaram e eles tiveram a coragem de fazer isso com ele? Isso só mostra que existe amigo da onça. Eu quero que eles apodreçam na prisão”, desabafou a viúva.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 8 de março deste ano, por volta das 6h, na rua 5 de Setembro, bairro São Raimundo, zona Oeste de Manaus. O professor James foi morto com vários tiros ao chegar à academia em que treinava. 

O quarteto responderá por homicídio e passarão por audiência de custódia, ficando a disposição da Justiça do Amazonas.

Fonte: A Crítica

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